Sobre

Motivação

De acordo com a Coordenação de Acessibilidade Estudantil (CAE), atualmente, há 53 alunos com deficiências visuais em cursos de graduação da UFSC, dentre estes, 44 com deficiência visual-baixa visão e 9 com deficiência visual-cegueira. No entanto, nos cursos das áreas biológica e da saúde, existem apenas 10 alunos com deficiência visual-baixa visão e um aluno com deficiência visual-cegueira. A baixa quantidade de alunos com deficiências visuais decorre da falta de preparação dos cursos, como a escassez de material didático adequado, para o acolhimento de deficientes visuais nestas áreas?

Fora da UFSC, a inclusão dos deficientes visuais nas escolas brasileiras também é insuficiente. Segundo o Ministério da Educação, em 2007 havia 654.606 alunos matriculados no ensino básico, sendo que apenas 1,2% eram portadores de algum tipo de deficiência, e somente 4 em cada 10 alunos deficientes frequentavam a escola.

Estudos sobre a presença de deficientes visuais, em escolas estaduais de ensino básico, apontam a falta de formação adequada dos professores e a ausência de material didático como as principais dificuldades encontradas para a inclusão destes alunos. Assim, constata-se a necessidade de produção de materiais didáticos adaptados para o ensino de alunos com deficiência visual-baixa visão e com deficiência visual-cegueira.

Objetivos

Pesquisar, desenvolver e confeccionar modelos, matrizes táteis e maquetes com diferentes texturas de células e tecidos que compõem os órgãos animais para os alunos com deficiências visuais (cegueira e baixa visão) que estejam cursando o ensino básico e o superior.

Resultados esperados:

Os materiais didáticos desenvolvidos serão reunidos em um Atlas de Histologia, no formato e-book, com a descrição morfofisiológica  em Braille e texto das estruturas  representadas. Além disso, o atlas apresentará o passo a passo da elaboração e montagem dos materiais. O atlas, as matrizes, os desenhos com cores contrastantes e os modelos 3D serão divulgados e disponibilizados no site do projeto, junto à página da UFSC e nas redes sociais, como Instagram e Facebook, para que todos os interessados possam acessá-los e utilizá-los, ampliando deste modo, o número de pessoas com acesso aos resultados deste projeto.